
Deformidades do dedo mínimo
As deformidades abaixo podem ocorrer em qualquer dígito, mas com mais frequência acometem o quinto dedo (dedo mínimo). Podem ou não estar relacionadas a algumas síndromes.
CAMPTODACTILIA
Deformidade caracterizada por flexão da articulação interfalangeana proximal. (O dedo fica “dobrado”, com déficit de extensão completa).
É dividida em três tipos: I – aparente desde o nascimento, afeta igualmente meninos e meninas e é o mais comum. II- Torna-se aparente na pré-adolescência e afeta mais meninas (geralmente surge entre 7 e 11 anos).III- associado a síndromes e geralmente vários dedos são acometidos.
O tratamento dependerá do grau de acometimento e de detalhes observados no exame físico do paciente. Pode variar desde observação (nada a fazer) até tratamento cirúrgico.
KIRNER
Deformidade caracterizada por curvatura palmar radial da falange distal (mais comum no dedo mínimo – a ponta do dedo mínimo fica fletida e encurvada para o lado do dedo anelar). Duas vezes mais comum em meninas.
Geralmente aparece na pré-adolescência ou adolescência e não tem a causa bem estabelecida. Acredita-se que seja devido a uma alteração da placa de crescimento (Há teorias também que defendem uma inserção anômala de um tendão flexor). Pode já estar presente desde o nascimento em alguns casos e, nessa situação, geralmente há história familiar.
Exame físico e radiografia possibilitam o diagnóstico.
No início do quadro, pode-se utilizar uma órtese ; tratamento cirúrgico pode ser indicado caso o paciente deseje (geralmente procurado por questões estéticas, já que deficit funcional é praticamente inexistente).
CLINODACTILIA
Angulação do dígito no plano radio-ulnar (o dedo entorta para um lado).
Ocorre por alteração no formato de um dos ossos, podendo existir uma estrutura anômala (bracket/ cartilagem de crescimento em formato de “C”) – geralmente a falange média do quinto dedo (dedo mínimo) é acometida. Pode estar associada a outras alterações da mão, como sindactilia, polidactilia ou macrodactilia.
Alguns casos podem necessitar de tratamento cirúrgico, com correção da porção óssea anômala, entre outras técnicas.
Avaliação por um especialista é fundamental.